sábado, 15 de novembro de 2008

Um pouco menos de mim – parte 2

Nada além de seguir
É só o que me resta fazer
Me manter ausente de mim
Não sentir pra não sofrer

Desespero ou estagnação
Posso escolher
Ser o que não controlo
Ou controlar e não ser

Fazer o necessário
Obedecer sem comentário
Ouvir o indispensável
Agir diante do inevitável

O que esperam é que eu me cale?
Eu calo
O que esperam é que eu pare?
Eu paro

Vou me renegar
Me abandonar
Me controlar
Lhe agradar

Com minhas lágrimas faço uma bolha
Em minha boca ponho uma rolha
Em meus pés mexo as correntes
O que eu penso se matem em minha mente

Todos os meus movimentos são suspeitos
Todos meus olhares transpassam desrespeito
Todas as minhas palavras soam receio
Não meu, mas o seu receio do alheio

2 comentários:

Milla disse...

Nosa naty... pelo menos uma lado bom sua situação tem... vc tah fazendo poesias lindas!!!
Transparece o que vc tah vivendo, você e o resto de todo o mundo!

Bjooo!!

Tiliane Lima disse...

é simplesmente vc...
beijos