10/08/2009
Os atormentados
Eles são desgarrados
Não se culpe ou questione
Não há argumento que funcione
Os filhos da tristeza
Se encontram em becos escuros
Se reconhecem pela fumaça
E se perdem das regras que tanto os ensinou
Eles precisavam ser presos?
Precisam ser libertos?
De presença ou ausência?
De dor ou amor?
Na realidade não há
O que pudesse ser dito
Você não poderia
De outra maneira tê-los feito
Eles são fadados a ser perder
Em sua própria melancolia
E para isso precisam
Sempre, sempre de um dedo na ferida
Ela não puxou seus cabelos loiros
Ou o nariz delicado da avó
Seu cabelo tem cor de petróleo
E sua pele arde de tão branca
Dentro da sua santa
Cresce a espinheira da dúvida
E do sofrimento dela
Escorre uma gota de diferença
Ela chora o mundo
Assim o compreende
É de sua dor
De onde sai o caminho do crescimento
Premiados Junho 2021
Há 3 anos
2 comentários:
Adorei o seu blog! Parabéns!
Por acaso achei...e gostei também!Parabéns²
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