sábado, 15 de agosto de 2009

Uma outra maneira de ver

10/08/2009

Os atormentados
Eles são desgarrados
Não se culpe ou questione
Não há argumento que funcione

Os filhos da tristeza
Se encontram em becos escuros
Se reconhecem pela fumaça
E se perdem das regras que tanto os ensinou

Eles precisavam ser presos?
Precisam ser libertos?
De presença ou ausência?
De dor ou amor?

Na realidade não há
O que pudesse ser dito
Você não poderia
De outra maneira tê-los feito

Eles são fadados a ser perder
Em sua própria melancolia
E para isso precisam
Sempre, sempre de um dedo na ferida

Ela não puxou seus cabelos loiros
Ou o nariz delicado da avó
Seu cabelo tem cor de petróleo
E sua pele arde de tão branca

Dentro da sua santa
Cresce a espinheira da dúvida
E do sofrimento dela
Escorre uma gota de diferença

Ela chora o mundo
Assim o compreende
É de sua dor
De onde sai o caminho do crescimento